segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

S I M


A palavra “Sim” tem singular e grande importância. Constituída de apenas três letras, seu significado não tem limite. Tornou-se símbolo da Virgem Maria que o notabilizou ao responder Sim ao projeto de Deus que o Anjo Gabriel  acabara de lhe anunciar. Foi um gesto que se traduz no mostrar de sua carteira de identidade: sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua palavra.

O sim de Maria mudou a face da terra, cantou Mary Cecília. Um sim dito por alguém muda o curso de sua vida e da sua história.

Não por outro motivo, quando duas pessoas decidem unir suas vidas em matrimônio, cuja importância o eleva a condição de sacramento, quando lhe é perguntado se o fazem por livre e espontânea vontade e se é para sempre, respondem com um Sim.

Responder sim é  forma de consentir que marca o início de um depois perene ou enquanto durar a vida. É Deus quem pessoalmente recebe essa resposta pessoal.  Ele também previne todas as graças que vão ser necessárias para que a pessoa tenha forças, habilidades e coragem para levar a frente o compromisso que assume.

O sim é uma resposta, logo, supõe que houve uma interpelação e como é Deus o autor de tudo, quem pergunta ou interpela é sempre Ele.

Pela vida a fora todos encontramos inúmeros momentos de dizer Sim, quando Deus pede, quando dá, quando diz.

Que como Nossa Senhora estejamos sempre disponíveis e que nossa resposta a Deus seja sempre o mais generoso sim.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O PERIGO CONTINUA

Boas brigas, maus acordos

02/07/2010
Roberto Klabin

Enquanto o Brasil está de olho na Copa do Mundo e se prepara para as eleições, a qualidade de vida de todos os brasileiros e nossos bens mais essenciais - a água, o ar, o controle do clima e nossa imensa biodiversidade - estão sendo silenciosamente colocados em risco pelo Congresso Nacional, graças às propostas de mudança do Código Florestal.

Pode parecer que se trata de uma briga entre ambientalistas e ruralistas ou do campo contra a cidade, mas não é isso. Todos, independente de onde moramos ou com o que trabalhamos, vamos sair perdendo se as propostas da Comissão Especial da Câmara forem aprovadas.

O Código Florestal Brasileiro consolidou o princípio de que as florestas são bens de interesse comum e que o direito à propriedade se submete a este interesse. Isso permeia toda a legislação ambiental brasileira e encontra abrigo no artigo 225 da Constituição: "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo." O relatório do deputado Aldo Rebelo, no entanto, ignora por completo esse princípio e beneficia setores específicos da sociedade, ao invés de garantir a qualidade de vida de todos.

A definição das áreas de preservação por Estados e municípios, por exemplo, significa que vamos deixar que o abastecimento de água de grandes cidades, como São Paulo, Rio e Belo Horizonte, seja ainda mais agravado, com o aumento de conflitos entre  governos locais e proprietários de terra. Afinal, um único hectare de Mata Atlântica preservado gera, em média, 1.328.600 litros de água por ano, segundo dados do Programa Mata Ciliar do governo paulista. A região Sudeste do Brasil já apresenta índices de escassez maiores que o semi-árido nordestino e sem a mata ciliar, a vida de um rio se esgota em 40 anos.

Além disso, desastres naturais como os de Santa Catarina, Angra dos Reis e Niterói tendem a se repetir com mais frequência se não garantirmos a proteção das encostas e a regulação constante do clima, realizadas por nossas florestas. Segundo Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), as mudanças propostas ao Código Florestal aumentam ainda mais os riscos de que as ocupações urbanas sofram com inundações e deslizamentos.

A Comissão Especial também propôs a isenção das Reservas Legais para propriedades de até quatro módulos - o que no caso da Mata Atlântica, reduzida a 7% de sua cobertura original, ameaça os já escassos remanescentes do bioma. Por fim, a proposta de anistia geral ao desmatamento já existente sinaliza, mais uma vez, que no Brasil, quem cumpre a lei é tolo e os beneficiados são os que a descumprem.

Há quem diga que quando se trata de Código Florestal, um mau acordo é melhor do que a briga. Mas não aceitamos resolver essa questão de maneira a simplificar o debate e esquecer o objetivo desta legislação: a proteção ao patrimônio natural brasileiro. O Brasil tem mecanismos para superar esse impasse, mas parece faltar vontade. A pressa em votar o tema às vésperas das eleições, quando em geral os interesses do país ficam à mercê do que garante votos e reeleições, não contribui. Tem que sobressair o interesse maior de garantir um futuro digno e de posicionar o Brasil como uma potência ambiental mundial.

Roberto Klabiné  - empresário e presidente da Fundação SOS Mata Atlântica.






sábado, 26 de fevereiro de 2011

ORAÇÃO DA MÃE DO EXCEPCIONAL

Senhor, nos vos agradecemos pelos nossos filhos, chamados excepcionais. Sim, eles são excepcionais, excepcionais porque entendem mais profundamente o amor que lhes devotamos, excepcionais porque devolvem nossos carinhos e afetos sempre com muito mais.
Eles não nos contrariam no que decidimos para eles, não se opõem aos nossos projetos. Aceitam as roupas que lhes compramos. Não nos deixam em casa apreensivos sem saber para onde foram. Nossos filhos excepcionais estão sempre conosco!
Pelas mãos de Maria, vossa e nossa mãe, para a qual olhamos sempre e cujo favor não nos tem faltado, vos oferecemos as vidas deles e as nossas. Tomai-as como oferta conjunta com o sacrifício de vosso filho Jesus e não nos falteis com a vossa graça, dando-nos sempre as forças, a paciência e o amor necessários, para que cumpramos nesta terra a missão que nos foi confiada e no céu a recompensa de conviver convosco face a face.
Amém

                             Nota: Rosa Maria, minha irmã, é mãe de duas dessas criaturas.   Ela me pediu um escrito, resultou nessa oração 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

B R A S I L

Bandeira do Brasil - Oficial em Stampo


                                                                                         Fahed Daher


Meu solo um dia foi tomado,
foi explorado,sacrificado.
Seduziram meu povo,
seviciaram por séculos,
Cortaram minhas matas,
poluíram meus rios,
arranharam meu solo fundamente,
senti dores terríveis, sinto ainda.
Meu céu chora lágrimas de chuva
que vertem sobre meu corpo
procurando lavar meus ferimentos,
lamentos...Tormentos!

Eu não sou português, eu não sou negro,
não sou índio, emigrante ou estrangeiro.
Eu sou eu, sangue nobre, lutador,
sonhador, visionário e bom guerreiro,
braço forte, eu bem sei do meu valor,
tenho sido amarrado no dinheiro,
mas minha mente cresce e se estremece,
meu peito com valor de brasileiro.

Bendito o pé que aqui pisou e aqui ergueu
sua casa e dá do seu suor
as gotas que fecundam este solo.
Se tem origem não tem cores estrangeiras,
não são brancas, vermelhas, pretas, ruivas,
são o verde-amarelo,
na pureza do céu de anil
Do meu sangue formou seu alimento
da minha água seu encantamento.
Do que sou cada um compõem comigo
e comigo contribui
para que eu seja forte  e seja amigo,
sou Brasil!

Eu quero ter respeito, eu sou nação,
 não quero parasitas no meu corpo,
não quero que me cortem, me desnudem,
eu sou alimento do faminto,
eu mato a sede do que me procura,
mas não rompam-me a carne sem compô-la,
não  destruam a mata que me cobre,
não sequem os meus rios caudalosos
nem quero que me explorem sem razão.
Não quero a mão estranha me explorando,
nem quero bocas parasitas, torpes,
sugando a minha seiva.
Eu quero ser global  neste planeta,
mas não escravo.

Aqueles que procuram meus tesouros
venham morar aqui, produzam benefícios,
não levem as riquezas que possuo
no furto legal,
deixando minha gente na pobreza,
sem senso de moral.

Minhas escolas quero aprimoradas,
agigantadas,
com professores probos, dedicados
construindo gerações
capazes de erigir castelos nobres
no humanismo do arrebatamento
nos mil sabores dos conhecimentos
das artes, das ciências da filosofia
que faz crescer a alma a cada dia,
sem permitir pobreza no meu solo,
e serei mais fecundo no consolo
de sentir que na bondade
fruto vicejante da fraternidade
é a força da razão.


Eu quero ver justiça no meu povo,
que haja respeito a todas as pessoas.
Que em cada tribunal sempre ressoe
a melodia plena do direito
e cada juiz carregue no seu peito
o divino sentido do equilíbrio,
capaz de sentenciar ou perdoar
sem importar a posição social,
nem a pobreza ou condição racial,
dentro dos seus direitos e deveres.


Não quero que haja tribunais injustos
capazes de punir apenas pobres.
Eu sou eu mesmo, cresço e me agiganto,
meu povo, brasileiro é bravo e forte,
meus rios, o meu solo, minhas matas,
meus desertos e minhas cascatas
são dádivas de Deus
e estou a proteger, com o céu por manto,
quem puro e lutador vier lutar
para crescer comigo e os filhos meus.

 FAHED DAHER - 23/08/99 - 18,45 horas
 Academia de Letras Centro Norte do Paraná.//Academia de Letras de Lonrdina
Governador Rotário 1.955/1.956,  Distrito 4710 ddaher@net21.com.br


domingo, 20 de fevereiro de 2011

AÇÃO POPULAR

Escrevi um artigo sobre  AÇÃO POPULAR. 

Lendo-o, muitas pessoas me escrevem querendo saber se esse ou aquele caso de mal uso do dinheiro público pode ser atacado  via Ação Popular.

Entre "as consultas"  nenhuma era o caso. A lei diz claramente qual é o fim que tem (Lei 4.717/65).

É  bom ver que a cidadania se agiganta. Entretanto seu poder não é ilimitado. As pessoas podem recorrer  ao Ministério Público, cujas atribuições (ditadas pelo art. 127 da Constituição) dizem que  D.E V E   agir.

Entre outros o artigo pode ser lido em:  jus2.uol.com.br/doutrina/lista.asp?assunto=827.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FRAGMENTOS DE MIM

Em  breve você será convidado(a) para o lançamento do meu novo livro de poesias que tem o seguinte


Prefácio

Em Os anjos não fazem arte, primeiro livro de poesias de Marlusse Pestana Daher, somos introduzidos no fazer poético desta professora, promotora de justiça e membro da Academia Feminina Espírito-santense de Letras, pelo “O Porto de São Mateus”, um belo poema cujo olhar se volta para as antigas histórias de senhores e de escravos de sua cidade natal.
Nitidamente embebida da tradição oral, a poesia narrativa de Marlusse nos revela sua percepção sensível diante do mundo e sua capacidade de memorizar e reinventar experiências (re)vividas, conduzindo, assim, o leitor a também retornar em suas próprias histórias, ora vivida como protagonista, ora como narradora.
Sem abandonar essa perspectiva, porém agora mais intimista, a poetisa apresenta neste seu novo livro, Fragmentos de mim, um discurso memorialista, autobiográfico, um retrato da escrita feminina, como se pode verificar já no título da obra.
Em “Hilda, que saudade!”, “Canto de mãe”, “Dia de chuva”, “Meu grupo escolar”, “Sonhando com a chuva”, “Sons e delírios”, “Meu mar”, “Feliz Natal” e “Processo nº 249/86- 1ª Vara Privativa do Juri”, o eu lírico, no seu projeto de capturar e narrar o real, de retratar-se e ao outro no texto, estabelece com o leitor um “pacto de fidelidade”, na expressão de Lúcia Castello Branco, em suas “Notas sobre uma memória feminina”.  É o que vemos em “Momento feliz” quando o eu lírico confessa: “Que momento, meu Deus!/ acabara de fotografar/ para mantê-lo indelével/[...]/ não encontro palavras/ para descrever/ ou para transformar em poesia”. É justamente nessa tentativa de congelar o momento difícil até de falar, de tornar o sujeito uno, íntegro e sem fissuras que residem, uníssonas, a escrita feminina e memorialista.
Em poemas, como “Silêncio”, “Sinos” e “Inquietação”, impera a força da natureza viva, a despeito da dor, do vazio, do indizível experimentados pelo eu lírico. Para exemplificar, busquemos o poema “Sinos”. Incrédulo, o eu lírico escuta o ressoar dos “acordes de um sino ao longe”: “Mas como? Se hoje é sexta-feira santa /e hoje os sinos não dobram!”. Era o vento que, impelindo os badalos “uns de encontro aos outros...”, fazia ecoar “os sinos da felicidade”, numa clara inversão da ordem (im)posta pelos homens.
Por vezes, o disparo para a produção dos poemas dá-se no descortinar: de uma “tarde cinzenta” que “por um detalhe me [fez] projetar/ e [...] voltar anos e anos” (“Meu grupo escolar”); de uma “nuvem interposta/ entre água e sol” (“Sombra”); ou ainda do “silencio plúmbeo/ da madrugada ensangüentada” (“Não me perco”). Noutras, se o “sono não vem/é madrugada” (“Inquietação”); se o eu lírico busca “encontrar forças/ para recomeçar/ das incertezas/ do insucesso/ do nada” (“Tristésse- Recomeço”) ou se vagueia “no quase vazio/ que em meu ser se fez” (“Posso te encontrar”) surge, em “Jesus”, a esperança do (re)encontro consigo mesmo, com o outro, ainda que neste vazio repleto da presença divina que há em cada um de nós: “Um corpo tombava no madeiro,/ estava morto o filho de Deus”.
Verifica-se a presença dos verbos no pretérito imperfeito do indicativo, cujo valor fundamental é designar um fato passado, mas não concluído, ensina-nos Celso Cunha, em Nova gramática do português contemporâneo, encerra a ideia de continuidade.
E é justamente no registro dessa falta que o texto se constrói. A fragmentação deste “eu” é também a fragmentação do discurso, onde as palavras, por isso mesmo, jamais conseguirão captar o original da memória, tornando-se, então, meias-palavras que querem revelar meias-verdades. Cabe, então, ao leitor preencher, com suas experiências de vida, as lacunas deixadas pela escrita de nossa poetisa.
Profª  Karina de Rezende Tavares Fleury
Mestre em Estudos Literários (UFES)






sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

            As unidades de conservação foram concebidas como um ambiente destinado à contemplação. É, nada menos! O homem, pela sua natureza, tem necessidade de dispor de paisagens, de lugares diante dos quais tenha possibilidade de se deixar possuir pela beleza do que vê e ser transportado, não digo ao êxtase, mas a um estado de poesia que o enleve, que o sublime, que o faça refletir, voltar-se para o seu interior, enfim emergir simplesmente,  das coisas da terra que o circundam e ter como mergulhar na beleza que é sua origem.
            Atualmente contudo, a necessidade de áreas preservadas ou unidades  de conservação, UCs, com a proteção intransigente dos ecossistemas que a compõem, fauna e flora, extrapolam a destinação primitiva, isto é, serem intocadas e intocáveis, apenas para efeito cênico, tornaram-se vitais à sobrevivência no planeta.
            Diante da destruição que desde então já se fazia presente, já em 1823, profetizava o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva: “nossas terras estão ermas, e as poucas que temos roteado são mal cultivadas, porque o são por braços indolentes e forçados; nossas numerosas minas, por falta de trabalhadores ativos e instruídos, estão desconhecidas ou mal aproveitadas; nossas preciosas matas vão desaparecendo, vítimas do fogo e do machado, da ignorância e do egoísmo; nossos montes e encostas vão-se escalvando diariamente, e com o andar do tempo faltarão as chuvas fecundantes, que favorecem a vegetação e alimentam nossas fontes  e rios, sem o que o nosso belo Brasil, em menos de dois séculos, ficará reduzido aos paramos e desertos da Líbia. Virá então esse dia (dia terrível e fatal), em que a ultrajada natureza se ache vingada de tantos erros e crimes cometidos”.
            Estamos a cerca de 12 anos da consumação total do que disse o Patriarca, pelo que as providências se impõem de forma inquestionável e enérgica, pois a maior parte do que ele disse  já se cumpriu.  Não se constata o cumprimento  dos objetivos do milênio.
            Urge fomentar o ecoturismo, medida considerada propícia no sentido de levar o visitante-turista  ao lazer, à satisfação de fotografar e de filmar e sobretudo à gostosa sensação de um encontro íntimo com a Mãe Terra e com os seres com os quais permanentemente ela está envolvida.
Nossa primeira Unidade de Conservação, o Parque Nacional de Itatiaia, foi criado em 1937. Hoje, contamos com outras, estão divididas em tipos, ou categorias segundo a destinação específica, em Parques Nacionais,  Estaduais ou Municipais; Reservas ou estações ecológicas.
O Projeto de Lei data de 1992, mas só a 18 de julho de 2000, pela Lei 9.985, foi regulamentado o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, SNUC, estabelecendo critérios e normas para criação, implantação e gestão de unidades de conservação.
Temos quase tudo no que se refere a instrumentos que nos permitem preservar a terra, seus componentes e sua força natural, resta que tenhamos bom senso e nos disponhamos munidos da melhor boa vontade, em tudo, fazer de forma a termos e assegurarmos para os que vierem no futuro, um ambiente puro e saudável.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A QUESTÃO É A CASA

Porque asssunto de meio ambiente é sempre atual.

            Sim,  a casa! Aquele “eco” que vem do grego “oikos” componente da palavra ecologia, quer dizer casa. Você sabia?
            A preocupação com a nossa casa fez surgir uma consciência mundial da necessidade de todos os povos contribuírem na redução da emissão na atmosfera, de gás carbônico considerado o principal causador do “efeito estufa”,  que ameaça o aquecimento do planeta em até três graus Celsius, em cem anos, derretendo geleiras, causando alterações climáticas, repercutindo em ainda pior qualidade de vida dos que no futuro viverão.
Buscando amenizar, realizou-se em Kyoto, no Japão, (1997), uma conferência, no curso da qual ficou definido que os países mais desenvolvidos, líderes, por ironia,  na emissão desse gás, deveriam diligenciar para que entre  2008 e 2012  tal emissão esteja reduzida em uma média global de 5,2%. Feito o cálculo do investimento respectivo resultou que são necessários bilhões e mais bilhões de dólares.
Surgiu portanto um outro questionamento,  quem vai pagar a conta?  E este foi, sem resultado satisfatório e sem unanimidade na conclusão, objeto da  Conferência de Haia, encerrada na sexta-feira da semana que passou. O certo é que tem que ser feito. O desenvolvimento que já não se concebe sem o qualificativo sustentável,  impõe o encontro dos meios, é  problema de inadiável solução. E para dar continuidade ao debate, a VIIª Conferência se realizará no Marrocos, já no próximo ano.
            O Brasil foi representado por  Fábio Feldman, secretário executivo do “Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas”. Por Luciana (16) de Brasília e por Martim (15) de Pelotas. É consolante  constatar que  as questões ambientais estão em pauta e são capazes de reunir gente do mundo inteiro e de toda idade.
O meio ambiente fascina! Carecemos de vontade inquebrantável, que impeça o desrespeito a bem que depois de ferido, nunca mais será o mesmo,  é o caso do “Penedo”, na Baía de Vitória. E não foi por falta de fazer ver “que um filho teu não foge a luta”,  porque sabemos dos esforços ingentes envidados por Beatriz Abaurre e seus colegas do Conselho Estadual de Cultura,  quando ela estava  presidente, no sentido de impedir. Inclusive, por se tratar de bem tombado. Quem sabe a ameaça que representa para o ecossistema mar, em Aracruz, a implantação Thotam?  Está na Justiça, esperamos que ela não seja tão cega!
            Notícias recentes nos chegam de que se pretende melhor proteger o Parque Nacional do Caparaó, o que  se traduz no aumento de sua área de entorno. Embora devidamente indenizada, significa destruição de lavouras de café.  E ai coloco uma  questão: tudo bem, proteger o meio ambiente é uma aspiração humana e justa, aquela beleza merece, mas não consigo entender, que  a solução preservar, passe exatamente por arrancar o que com muito trabalho alguém plantou.
            Há muito mais meio ambiente sendo degradado por aqui, esperando solução muito mais urgente do que o entorno de Caparaó e não se diga que faltam recursos, pois, pelo visto, quando a vontade é forte, o dinheiro sempre aparece. Logo, não é por falta de recurso que não se faz.

27/11/00