Veja, veja quanta luz
no espaço,
quanta cor,
quanta beleza,
quanta certeza
de grandes encontros
sem desencontros,
sem bruma
e lampejam
pirilampos entre flores,
colibris que beijam cores,
passarada em revoada,
em descompasso
no espaço,
ecoando, esvoaçando.
Sou componente nesta vertente,
sou parte deste todo,
sou nascente, sem poente,
sou plenitude na limitação.
Ah,a vida,
grande ou dura,
contida ou plenificada
seja qual for,
ou em que estrada deslize.
Há ressonância de infinito
que enche a amplidão,
que ressoa na alma,
no chão,
no coração.
Marlusse Pestana Daher
16/06/01 – l8 hs 28 m
Cometida ao som do “Lago de Come”
Pianista Fanny Lowenstain