quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


Há 62 anos, 15 de agosto de 1950, o Papa Pio XII proclamou solenemente a assunção de Maria ao céu. Maria foi assunta, não tinha poder de ascender isto é, por si mesma, o que aconteceu foi obra do Criador.

Desde os tempos pós-morte, ressurreição e ascensão de Jesus, sempre foi dito que sua mãe, o corpo virginal em que se fez homem o Filho de Deus, não provou o peso da terra, mas foi levada ao céu em corpo e alma, sendo recebida pelos anjos e coroada pelo divino Filho como Rainha.

Maria foi uma mulher como qualquer outra. Assistiu a paixão do Filho e o viu morrer, sofreu a mesma dor que sentem todas as mães diante de tal acontecimento. Ela sabia que embora trágica e da pior forma, era um momento que chegaria: uma espada de dor atravessaria o seu coração, como naquele dia em que ainda bebê ela o apresentou ao templo e o velho Simeão a avisou.

Todos ressuscitaremos com Cristo no último dia. Maria ressuscitou em seguida ao seu morrer e foi levada ao céu.

Ninguém jamais questionou abertamente, (é... há quem duvide, ou negue). A assunção de Maria em corpo e alma sempre foi crença pacífica, ainda que a Igreja porque age com cautela, não se pronunciou senão mil novecentos e cinquenta anos depois de Cristo sobre tal verdade.

Coube ao Papa Pio XII como sobredito, depois de muita oração e observância de muitos fundamentos – como a Igreja age sempre – a proclamar o dogma. Dogma é uma verdade de fé proclamada, não se discute mais. Escrevi: verdade de fé.  

Eu quero pensar Maria no céu, rodeada de anjos e ocupada em atender nossos pedidos intercedendo junto ao seu Filho por nós. Gosto até das coisas simples contadas por ai, como aquela história de que um dia, São Pedro sai do portão do céu e se depara com uma escada no muro e muita gente subindo e pulando para dentro do Jardim do Edem. Foi ver do que se tratava, era Maria facilitando a entrada daquela gente esquivando-se do controle enérgico do porteiro do céu.

Mas gosto ainda mais de pensá-la inquebrantável, sem gemido, aos pés da cruz, porque não obstante a tempestade do calvário, Maria nunca duvidou de que Deus é amor.

Esta Senhora me ensina muitas coisas todos os dias, por isto eu canto a Maria, como minha mãe!



Trecho da definição apostólica do dogma da

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA EM CORPO E ALMA AO CÉU

3. De fato, Deus, que desde toda a eternidade olhou para a virgem Maria com particular e pleníssima complacência, quando chegou a plenitude dos tempos (Gl 4,4) atuou o plano da sua providência de forma que refulgissem com perfeitíssima harmonia os privilégios e prerrogativas que lhe concedera com sua liberalidade. A Igreja sempre reconheceu esta grande liberalidade e a perfeita harmonia de graças, e durante o decurso dos séculos sempre procurou estudá-la melhor. Nestes nossos tempos refulgiu com luz mais clara o privilégio da assunção corpórea da Mãe de Deus.