quarta-feira, 12 de junho de 2013

MARATAIZES

Segundo a alma poética de Bárbara Perez,
Presidente da Academia Marataizense de Letras.
 
 
Como te dizer... Minha Marataízes, que hoje voltaram a correr lágrimas no meu rosto, porque hoje, voltei a lembrar-me de ti...
E o céu azul escureceu... os meus olhos ficaram manchados de sal,
As palavras, estas, minha querida, estão marcadas pela saudade e permanecerão para sempre dentro de mim... Tu que sem saberes de minhas dores acolheu- me divinamente em teu seio repleto de abacaxis e frutos do mar...
Entrei em ti com a bagagem leve e fechada em minhas mãos vazias, junto com os meus sonhos, neste vazio imenso e nesta solidão que vieram nos unir,
Deixando na distância e neste mar que corre triste no meu peito uma saudade frustrada. Oh! tempo que se esgota...e passa roubando-me todos os sonhos...
Como te dizer doce cidade, que neste amor me encontrei e me perdi? Que amei desesperadamente um homem à sombra dos teus coqueiros, na paisagem linda de tuas praias, do meu aconchego e deitada nas noites serenas que me envolvem e que são cinza de todos os dias?
Como te dizer que apenas queria um pedacinho de céu, a tua moradia em berço esplêndido, a luz de uma estrela, apenas uma doce despedida da claridade, aquela com que alumiaste por momentos a minha escuridão... desta solidão que nos uniu e que permanecerá para sempre como refúgio e consolo de tua acolhida?
Como te dizer minha exuberante Marataízes, que as tuas rajadas de vento nordeste, eram a volúpia das minhas emoções, roçando meu corpo caminhando pelas tuas ruas de cores sensuais e do sol escaldante? E que por entre a maresia exalando imaginei-te uma secreta Caribe, escondida dentro de mim, exposta ao mundo sem que ninguém te percebesse?
Estas lembranças estão tatuadas a fogo em meu corpo, deixando os poemas que escorriam dos nossos dedos, direcionados a ti em súplicas nas minhas horas de solidão! Fostes tu um amor perdido, nascendo desta contraditória, com todos os versos manchados de sangue rasgado da pele e que tu tão bem soubeste ser sigilosamente, a cúmplice perfeita.
Como te dizer que tuas colônias de pescadores, tuas terras férteis dos frutos deliciosos dos abacaxis eram a melodia que alimentava a minha alma cigana?
Tuas canções do mar revolto de março eram a nudez que incendiava a noite de meus dissabores, onde as folhas vindas do teu vento caíam na solidão dos meus lençóis frios, por onde os mistérios de sombra e luz eram transformados em acordes perfumados de sonhos inconscientes...
Eram as flores amarelas dos abacaxis que vestiram minha solidão...
Eram a maresia e sabor de peixes que alimentavam minha fome de saudades de lá...
Como te dizer minha amada e idolatrada Cidade, que estás tatuada em mim... que a tua maré é a minha esperança,que a minha alegria é eterna.Que a obscuridade do meu passado já nem existe e a deposito em teu respirar,no balanço frenético de tuas ondas cheias de meninos a vadiar em suas velozes pranchas coloridas.
Que tu és o momento marcante e eu o instante do meu vazio a te solver em um unico respirar.Que as vezes ,eu sou a ausência e tu o silêncio. Eu sou produto de um o sonho errado e tu a noite que me devasta e me rouba ao tempo, elevando minha alma ao pináculo da felicidade.
Tuas ruas desertas no inverno é o fogo que me queima a alma... O mar que me escorre dos olhos.
Como te dizer oh! Minha adorada Cidade que se te esquecer eu me esqueço, que o meu corpo dorme exausto no chão de areias normas das tuas praias, que dentro de mim te guardo no silêncio de minha alma devota, arrastando-me nesta condição pobre de poeta.
Das minhas mãos cheias de oração e esperança te dedico em versos o meu pedido de exílio, perante o espelho estilhaçado do meu olhar. Em duvidas do apelo de exiliação, por certo quantas lágrimas que escorrem da minha solidão.
Como te dizer que foste o meu sonho amargo e suave... Que a ausência das mãos do meu único homem que viajante em tuas terras, também fazia pousada e neste derradeiro adeus sem despedida e partiu sem deixar vestígios...
Eu e tu cidade nada sabemos desta ingrata ausência.
Hoje minha cidade abençoada é o silêncio com que te escrevo... a saudade onde te guardo,a escuridão onde te abraço.O meu futuro é apenas um encontro com o frio das madrugadas de densas ventanias.Por onde todo o meu passado foi uma sombra do que sonhe;a verdade que não imaginei;um futuro que é coberto de sol;um encontro com a noite de todas as noites.Como te dizer que sou uma louca poeta a varrer todos os dias a tua rodovia a procura de mim mesma...em vão,adormeço cansada agarrada as tuas vestes de redes rasgadas,amontoadas pelos rudes pescadores a volta do mar.Nesta quimera vou arrastando-me em teus dias e noites e te encontro a procura de mim mesma.
Como te dizer Marataízes... que aqui eu renasci...renasci no seio de tuas terras áridas,no balanço de tuas ondas,permeadas pela maresia em nevoas úmidas espalhadas por toda cidade.
Á ti meu verso
Marataizes minha paixão... eu renasci em ti,tão cansada de mim
Fechei as portas aos sonhos... tirei a esperança à vida
Fiquei tão só,tão perdida nas tuas praias e perdida de ti
Fui um instante de apego,foste um momento de paixão,
Uma ferida entreaberta no peito esquerdo.
Fui gaivota sobrevoando teu mar,procurei-te no mar,
E nas águas noturnas te encontrei faceira como o doce sabor e cheiro
Dos abacaxis brotando deliciosamente das redes dos pescadores.
Seja eu a eterna quimera,seja eu o amanhecer desta terra
Por te saber presente,aqui fiquei,mas desejei tantas vezes partir,mas tu me envolvia serenamente em teus braços e lambia minha fronte com as aguas salgadas,
Lavando minhas lagrimas e minha alma...
Fui sonho,onda ou maresia,fui em ti flor dos pescadores
e o peixe dos plantadores.
No cansaço dos dias,mesmo assim te espero minha Marataízes.
Antes de adormecer eu te procuro e encontro no anoitecer
Na minha solidão, nos manuscritos soltos,no sorriso da dor, Talvez tu nem sabe que eu exista,mesmo assim te encontro num doce e suave amanhecer.
Quando ouvires no silêncio um lamento, sou eu, exuberante Marataízes a chamar-te
Quando sentires no teu vento um calor... é o meu que te quer acolher
Quando sentires os teus olhos chorarem... sou eu a olhar-te
Quando sentires a solidão... são os meu braços de mulher
A te envolver inteira bem dentro dos meus abraços,
Quando sentires sozinha em meio a multidão, eu estarei aqui debruçada na poesia
A te exaltar, a te agradecer pelo tanto e tanto que me faz bem
E eu pobre poeta arrasto-me aos teus pés de sol, peixes e abacaxis, pois de ti arranco meus versos deitada em tua rede esplêndida.


De madrugada, 19/08/2010.

DIA DOS NAMORADOS


O Dia dos Namorados se reveste de muito significado para muitas pessoas, pois, o namoro é a primeira fase do relacionamento entre um homem e uma mulher, isto é, do encontro, das descobertas, que fazem, de que têm um particular de alma em uma terceira,  não encontrado.

Começa por aquela atração recíproca, um encantamento, querer ver e estar perto e, espera-se, também a consciência da dignidade do outro, do dever de lhe proporcionar com todo respeito tudo o que há de melhor, fazer tudo mais do que dela possa pretender, pois sem dúvida nenhuma,  quem mais ama é mais feliz.

Trata-se desde já de uma fase imprescindível para que averíguem se um é para o outro a pessoa com quem possa vir a conviver por toda a vida.

Nesse entremeio, o comércio, a exemplo do que faz com outras datas, como Dia
100 anos da tia Idatília
das Mães e até do Natal, que é sagrado, aproveita, para vender mais.  Não vem ao caso do significado maior do que o namoro realmente representa.

É do interesse dele (comércio).
Bodas de Ouro dos meus avós maternos:
 D. Rosinha e S Manduca
É do encontro ou do primeiro relacionamento entre um homem e uma mulher que nasce uma família que a Igreja tem como “escola de valorização humana” e adverte como necessidade “para que esteja em condições de alcançar sua vida e missão, a benévola comunhão de almas, o entendimento entre os esposos e a cooperação entre os pais na educação dos filhos”. Ambos são fundamentais, destacando-se o papel da mãe enquanto os filhos são pequenos e exigem particulares cuidados, derivantes de sua condição feminina.

Comemoremos  bem o DIA DOS NAMORADOS, mais do que com presentes ou na balada, numa ótica cristã, para que haja harmonia e os lares que vierem a ser formados, quando o forem, a partir desse momento, sejam verdadeiramente lares cristãos.

Marlusse 12/06/2013

Bodas e 100 anos ornadas de filhos, netos e bisnetos, tudo começou com um namoro.