sábado, 6 de julho de 2013

SINTO MUITO, SOU GRATO.

O nosso individualismo é tanto, que podemos chegar ao ponto de achar que o que acontece a nossa volta, não nos atinge, que, realmente, nada temos a ver com nada que não se situe apenas no nosso próprio mundo,
individualmente. Há um sentimento que se vai ausentando sempre mais e pode desaparecer. É o sentimento do compromisso que cada um tem com o que acontece com o outro, com a sociedade em geral, exige cuidado, a ética do cuidado.


Não somos ilhas, nossas almas estão entrelaçadas pela mesma origem, todas saíram das mãos do Deus criador que nos chamou à vida e conserva cada um na palma de sua mão como se fosse o único objeto do seus cuidados.

O que acontece de bem ou mal com meu próximo reflete em mim, eu me elevo com os que se elevam e caio com os que caem. A alma que se eleva, eleva o mundo, já afirmara Elisabeth da Trindade.

Que coisa maravilhosa, por poucos pensada. O médico Hew Lan conseguiu curar doenças de centenas de pessoas internadas numa casa de cura, partindo dele mesmo, curando-se. Admite que as doenças dos outros também estão em nós e se nós nos curamos o outro se cura.

Exalta o valor das palavras do tipo, me perdoe, sinto muito, te amo, sou grato, obrigada, repetidas em forma de mantra, vão penetrando sempre mais fundo. Nosso íntimo vai guardando o bem ou o mal que depositamos nele. Neste sentido, a sabedoria de um velho índio é oportuna lembrança: Disse: Dentro de mim existem dois lobos. O lobo do ódio e o lobo do amor. Ambos disputam o poder sobre mim. - Qual vence? Aquele que eu alimento.

Ao invés de ficar encucando negativismos, isto é alimentando mal nossa alma, repitamos como mantra a que melhor nos convém na circunstância ou oportunidade que se afigurar. Sinto muito; me perdoe; sou grato...

A vida vai passar a ser tão boa que até nos surpreenderemos. É que “o hábito é o principal moderador das ações humanas; façamos, por conseguinte, todo o possível por contrair e conservar bons hábitos.” (Francis Bacon).