domingo, 7 de julho de 2013

POEMAS DE BEATRIZ

                                                                Beatriz Monjardim
CORAÇÃO DE POETA

Tenho minh'alma cheia de amarguras;
Sangra em meu peito um coração ferido;
Não sofro apenas minhas desventuras;
Tem todo poeta o coração partido.

Todo poeta sofre um mal sem cura;
Carrega a dor dos tristes e oprimidos,
Mas tem também um Dom, doce loucura:
Transforma em versos prantos e gemidos.

Assim a dor dói menos, logo passa...
Juntando rimas, faz com tanta graça,
Um soneto de amor profundo, intenso.

E do pranto amargo da ingratidão,
Faz guirlandas em versos de perdão.


Tem Todo poeta coração imenso



MINHA CATEDRAL
Que bela é a minha castanheira!
Cresce orgulhosa, erguendo os ramos para os céus.
Altaneira, frondosa, triunfal,
A minha bela e verde catedral
Vestida agora de nova roupagem,
Já prepara uma nova floração.
As pequeninas flores da amendoeira,
Marcam a chegadade uma outra estação,
Mostrando da vida a continuidade...
O Senhor Deus, como o maior poeta,
Mostrou-a, um dia, ao jovem profeta,
Como o Seu símbolo de fidelidade!
E a minha castanheira está florida,
Não só de flores, mas também de vida!
Nela se abrigam pequeninos seres.
Zumbem abelhas, cantam cambaxirras,
correm esquilos pela galharia,
gritam bem-te-vis em altas vozes,
escondem-se lagartos na metamorfose...
Nela encontram alimento e segurança,
Nessa morada vestida de esperança,
Que cresce altaneira, frondosa e triunfal,
A minha bela e verde catedral
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