Finados é um dia que nos
faz lembrar os fiéis defuntos, como os denomina a Santa Mãe Igreja, aqueles que
já foram chamados de volta à casa do Pai.
Pouco posso (eu
pessoalmente) dizer. Não considero um dia de alegria. O passar dos anos não foi
capaz de diminuir nem a dor, nem a saudade que provada ao lembrar pessoas queridas, as que tanto amamos.
Claro que também não significa
que tenhamos perdido a esperança porque no acervo da Palavra de Deus podemos
encontrar aquela em particular, que nos pode consolar.
Por exemplo, no cântico do
ofertório da Missa de Todos os Santos, festa comemorada ontem, parte do livro
da Sabedoria, se lê: “as almas dos justos estão nas mãos de Deus e o tormento
da morte não os atingirá. Aos olhos dos insensatos eles pareciam morrer, mas
repousam em paz”.
É evidente que ninguém
pode estar melhor que nas mãos de Deus. É nas mãos de Deus que nossos amados e
nossas amadas estão e repousam em paz. Creiamos pela fé, senão própria, por
meio dos que creem.
“Se a tristeza da morte
nos entristece, a ressurreição nos consola”. Há a certeza de que seremos
erguidos do pó da terra. É quando alcançaremos nossa semelhança plena com Deus.
Dia de finados, quiçá
fazer por onde não ser de tristeza, valendo-nos da lembrança de que é na morte
que todas as diferenças se acabam e que hoje só existem espíritos a espera do juízo
final, como os vivos de certa forma, também esperam.
E ao menos porque não pode
ser diferente ou num gesto de audácia, celebremos a vida eterna, celebremos o
amor, no dia de finados.
Uma reflexão de Rachid em colóquio com Deus.
Uma reflexão de Rachid em colóquio com Deus.
Finado é aquele
que nos deixou em algum momento de nossas vidas. Partiu por uma doença, um
acidente, uma violência... Seja qual for, a causa nos enche de imensa tristeza,
dando a significativa impressão de que a dor da separação nunca vai passar.
Depois vem um vazio, uma saudade grande, vontade de abraçar, ver aquele ente
querido, que nunca mais vai estar aqui.
O que fazer? no pós morte. As lágrimas que correm pelo pranto sofrido, doído, é a unica
coisa que acalma e deixa aflorar a paz e ai, vem a reflexão e a fé que nos levam
a pensar que apesar de aquela matéria, tão querida, quente, macia, pouco a pouco,
não existir, o mais importante sempre, “o espírito vive e sobrevive em um lugar
difícil de imaginar, mas que está lá junto de Deus, que nos acolhe a todos
Sou huama e como
humana me agarro a matéria e dela sinto saudade. É errado? Pode ser. Por isso
sendo errado me perdoe, meu Deus, porque o Senhor pode. Me console e me ajude a
sofrer sempre menos com a dor da separação, com a falta dos elos perdidos.
Não me castigue
me pelos meus humanos sofrimentos. Me
permita chorar as faltas e se permita, Bom Deus, me consolar.