Estamos prestes a finalizar a semana, hoje é
sexta-feira, pensando em Nossa Senhora,
a grande protagonista deste tempo de Advento!
Foi Maria que a partir do
momento da anunciação, quando a exemplo de Jesus que diz: eis que venho, ó Pai, para cumprir a vossa vontade, definindo-se
como serva, afirmou, aceitando a vontade de Deus, aceitando protagonizar como
Mãe do Salvador, a história da salvação, respondeu ao anjo: diga a Deus que estou disposta a cumprir em
tudo a sua vontade.
Maria é a primeira
seguidora de Jesus, sua primeira anunciadora, tanto que, quando chega a casa de
Isabel, sua prima grávida de seis meses do precursor, aquela mulher se enche do
Espírito Santo e exclama em alta voz: que
sorte a minha, ser visitada pela mãe do meu Senhor, imagine que meu filho
encheu-se de alegria no meu ventre, manifestou-se como nunca tinha acontecido
antes, deu pulos de alegria (foi o momento da santificação de João
Batista), bem aventurada, minha prima,
porque você acreditou no que lhe foi dito pelo mensageiro do Senhor.
Em resposta, evidenciando
que conhecia o projeto de Deus, Maria responde: a minha alma engrandece ao Senhor e exulta meu espírito em Deus meu
Salvador. Olhou para a pequenez de sua serva, doravante, todas as gerações me
chamarão bem aventurada.
Repetiram nossos
antepassados, nós fazemos o mesmo e no futuro, quem viver também repetirá: Ó
Mãe bem aventurada, intercede por nós, para que também digamos a Deus nosso Sim
e sejamos para o mundo outras Marias que o encham de Jesus.
Do programa 5 Minutos com Maria
Rádio América - AM 690
Há 19 anos no ar.
São Benedito, “O Santo Mouro”
Confessor da Fé
1526 - 1589
Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade
próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.
Manifestou
desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão.
Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos
companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte
de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo
e aos pobres.
Tinha vinte
e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude
digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um
grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito
aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.
Por volta de
1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades
franciscanos de Palermo, começando por trabalhar na cozinha.
Em 1578,
eles precisaram de um novo guardião (título dado ao superior), e Benedito foi o
escolhido, apesar de ser leigo e analfabeto. Ele só aceitou o cargo depois de
compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo
adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.
A sua
conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso
para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com
os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua
humildade.
Sua
confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais
recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo
de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da
comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.
Na direção
do noviciado demonstrou uma grande doçura e consumada prudência: os noviços
tiveram nele um guia seguro, um pai cheio de ternura e um excelente mestre da
Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente
facilidade.
Sem saber
ler nem escrever, tinha, manifestamente, o dom da ciência infusa,
acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham
consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.
Sua vida
tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom
de operar milagres.
Terminado o
tempo de seu cargo, voltou novamente ao ofício de cozinheiro, felicíssimo por
reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos.
Em 1589 caiu
gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção
dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias
celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril.
Foi
canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos
braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e
pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração.
São Benedito
foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. Sua festa
litúrgica é celebrada em 5 de outubro. Aqui por nossas bandas a festa é hoje.
Certamente é
uma dos santos mais populares no Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses,
e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro,
inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.