terça-feira, 24 de junho de 2014

E MARIA RESPONDEU SIM

Tenho pensado muito nos momentos que Nossa Senhora terá vivido, quando o Anjo Gabriel saiu de sua casa, levando o consentimento que deu para que Jesus se fizesse homem e viesse nos salvar.

Afinal de contas, Maria era uma mulher da mesma natureza das demais e plenamente humana. Portanto, é possível que possa ter experimentado momentos de dúvida, mesmo sem permitir que viesse a menos sua fé. 

Por exemplo. Poderá ter perguntado: será que eu vi mesmo o Anjo? Falei com ele? Estou grávida do Filho de Deus? E ficou em silêncio, mesmo ante a perspectiva de deixar José confuso ou sem entender o que estava acontecendo.

E ai que se lembra que o anjo também lhe dissera que sua prima Isabel já nem avançada idade, esperava um filho e porque para Deus nada é impossível.

Como está no evangelho de Lucas: naqueles dias, Maria foi as pressas as montanhas da Judéia. Ocorreu-lhe que a particular condição de Isabel propiciaria que, como ninguém, poderia entendê-la. Foi esta certeza que animou Maria a ir ao encontro da prima, e qual não é sua  surpresa ao constatar  que antes de dizer qualquer coisa a prima demonstra que já de tudo sabia.

Maria então entoa o mais lindo dos cantos que começa engrandecendo a Deus por tudo que em si havia feito.

É possível imaginá-las, abraçadas, ingressando casa a dentro, o servir de alguma coisa como quem caminhou certamente carece, as conversas, o comunicarem as maravilhas operadas por Deus em suas vidas. Isabel terá dito o porquê da mudez do esposo Zacarias.

E nos dias seguintes, as comunicações entre elas guardavam o mesmo tom de quem espera um filho, nos seus casos em particular, sobre a particular missão  a que estavam destinados.

Guardadas as devidas proporções, reconheçamos que também nós temos muito a agradecer. Aprendamos com Maria  e tenhamos sempre entre os lábios um canto de louvor ao Deus porque tanto nos ama,  nos criou.


02/06/2001