terça-feira, 28 de outubro de 2014

SEM FAZER MILAGRES


Aceitamos Maria como nossa Mãe, acreditamos na influência de sua presença em nossas vidas. Aprendemos a repetir refrãos que passam de pai para filho, de boca em boca, viram dizeres ou até jaculatórias, pequenas orações, invocações, suspiros da alma.

Dizemos: valei-me, Nossa Senhora! Minha mãe do céu! Nossa Senhora!

É assim essa presença tão impregnada de Deus desta Maria de Nazaré, que continua representando lenitivo, continua sendo razão de crer.

Um perigo que ocorre, no entanto, é transformá-la numa espécie de “pombo-correio,” ou seja, pedimos-lhe muitas coisas, que tem que levar a Deus, para conseguir os favores que nós achamos que estamos precisando. 

E chamamos de devoção aos sentimentos que nos possuem em relação a Nossa Senhora. Será? A verdadeira devoção a Nossa Senhora, consiste na imitação de suas virtudes. Queiramos, pois, ser Marias. Queiramos ser resposta afirmativa, concreta, viva e atuante ao que Deus nos pede, para que seja feito de nós, o que Ele quer fazer.

Maria foi uma criatura extraordinária, sem fazer milagres ou qualquer coisa fora do comum, ao contrário, em nada se distinguindo das mulheres do seu tempo, ao menos na aparência, todas as gerações a chamarão bem aventurada.

Importa pensar com frequência no quotidiano de Nossa Senhora, vê-la ocupada em casa, tal qual faziam todas as mães no seu tempo e embora com outros recursos, as de hoje também
Felizes de nós que podemos chamar de Mãe a tão extraordinária Senhora.







C

domingo, 26 de outubro de 2014

O PLANALTO SABIA



Em 1980, no ABC paulista, fundou-se o Partido dos Trabalhadores, que hasteou as bandeiras da ética e da moralidade, além de forma diferente de governar: transparência, honestidade e eficiência, ideário que seduzia quem almejasse mudanças substanciais, sérias e justas. Ledo engano!

Confesso que não ingressei no PT por duas razões: não me convidaram e não sou de me oferecer: “peixe oferecido, está podre ou moído”!

Esperava, como milhões, que o PT, no Poder, efetivando a bandeira da ética e da moralidade”, e adotando “forma diferente de governar”, resolveria, em tempo razoável, os principais problemas do País, sobretudo os centrados na Educação, na Saúde e na Segurança Pública.

Infelizmente, o PT, apoiado na chamada “base aliada”, desde logo revelou seu DNA patrimonialista: conduta promíscua, que não distingue interesse público de interesse privado, de que é parte integrante a expressão sui generis - “eu não sabia” – que tem sido muito usada inclusive por Lula e Dilma, segundo o doleiro Alberto Youssef. Senão, vejamos:

Luiz Inácio Lula da Silva, ainda na Presidência da República, disse que “não sabia” do “Mensalão” e que foi “traído”, para, depois, admitir que dele soube através do ex Deputado Roberto Jéferson (PTB-RJ).

A Presidente Dilma Rousseff, como aluna aplicada, também disse que “não sabia” que o parecer alusivo à compra da refinaria Pasadena  era “técnica e juridicamente falho”, razão do prejuízo de U$ 1.18 bilhão à Petrobras.

A Presidente da Petrobras, Graça Foster, também disse que “não sabia” que desde 2006 havia comitê interno na refinaria Pasadena, nem que, nela, a Petrobras era representada por seu ex-diretor, o “Paulinho”, íntimo de Lula.

O Vice-Presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), usou jato fretado (R$ 100.000,00) pelo supracitado doleiro para ir, com a família, de Londrina (PR) a João Pessoa (Pb). Censurado, disse que “não sabia” que a PF investigava Alberto, seu amigo e “irmão” há 20 anos e chefe de esquema criminoso. Mas admitiu ter sido "imprudente", ao aceitar o “verdadeiro presente de irmão”!

Concluindo, indago: a expressão “eu não sabia”, causadora de danos morais e matérias irreparáveis, é reflexo da cultura de um “modo diferente de governar”, ou é parte integrante da mentalidade patrimonialista, que herdamos  dos colonizadores? Deixo a resposta para quem, por acaso, vier a ler este modesto artigo!

Salvador Bonomo
Ex Deputado Estadual e Promotor de Justiça aposentado
Vitória, ES, 24.10.2014.




quinta-feira, 23 de outubro de 2014

GRAMSCI NO BRASIL


Associação   dos     Diplomados     da     Escola     Superior     de    Guerra
Delegacia  do   Estado   de   Mato   Grosso   do   Sul

COR UNUN ET ANIMA UNA PRO BRASILIA
UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA PELO BRASIL

NÚCLEO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS

GRAMSCI no BRASIL 
AGRADECIMENTO
A todos que participaram dos estudos que culminaram no presente trabalho com a finalidade de “conhecer o Brasil para melhor servi-lo”.

PROPOSTA

Estimular o debate, reunindo e unindo todos em torno do bem-comum, colocado acima de interesses pessoais e de qualquer espécie de grupo, para a criação de um Projeto de Nação fundamentado no processo histórico-cultural brasileiro.

METODOLOGIA

Identificar ideias, atitudes, comportamentos e ações que estão em harmonia com o marxismo-gramscismo para, através da “via pacífica”, transformar o Brasil em uma República Socialista.

Antonio Gramsci  (1891-1937)
                Intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (LENIN) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado, mas, sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado  e depois, então, a aplicação da violência para finalizar o processo.
                Nessa concepção, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de Sociedade Civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia , para que a classe subalterna passe a ser a Classe Dirigente.
                Um grupo social da classe dirigente, assumindo o controle da Sociedade Política              (Estado), permite que o partido da Classe Dirigente seja posicionado acima do Estado.
                A manobra é simples, lenta e gradual.  Utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Religião e a Família.  
                 Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia.
                O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:
- na primeira, organiza o Partido das Classes Subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;
- na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;
- na terceira fase, toma o poder, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem.
                O “socialismo pacífico” é a etapa intermediária para o “socialismo marxista”, o marxismo-leninismo, o  comunismo...
                Preso em 1926, escreveu na prisão “Cadernos do Cárcere” contendo o seu pensamento sobre a tomada do poder de forma pacífica. Foi libertado pouco antes de morrer em 1937.
                O gramscismo contagiou países da Europa e, hoje, está transbordando na América do Sul.

A  PENETRAÇÃO  GRAMSCISTA NO BRASIL
FINALIDADE
Criar as melhores condições para transformar o Brasil em uma República Socialista sob a inspiração de Antônio Gramsci.
OBJETIVOS
1.      Obter a hegemonia na sociedade civil.
2.      Obter a hegemonia na sociedade política (Estado).
3.      Estabelecer o domínio do intelectual coletivo (Partido Classe).
4.      Silenciar os intelectuais independentes.
MÉTODO
Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o “senso comum modificado”, gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público.

      Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma “democracia popular”, onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados  ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades, calando a voz da divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo “senso comum modificado”.  Este prossegue  intoxicando a sociedade, sob a  égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva.
      Nesse momento, está construída a base para a “tomada do poder” e consequente implantação do Estado Socialista. 

AÇÕES QUE TÊM ENFRAQUECIDO AS TRINCHEIRAS DA DEMOCRACIA NO BRASIL
I.   Nos  PARTIDOS POLÍTICOS
1.             Estimular o número elevado de partidos para enfraquecer a oposição e facilitar a tática de “ aliança”, favorecendo o “partido classe”.
2.             Manter a regionalização dos partidos; o controle por caciques ou oligarquias regionais afeta a unidade nacional, favorecendo o enfraquecimento dos partidos políticos de oposição e favorecendo o “partido classe”, que possui “unidade de comando”.
3.             Admitir a pluralidade de esquerda para ser bem explorada pelo “partido classe” por tempo determinado.
4.             Esvaziar as poucas lideranças da oposição através de patrulhamento e ataque (dossiê) direto ou indireto (parentes).
5.             Criar fatos novos para o esquecimento das mazelas de militantes do “partido classe” e aliados.
6.             Afastar ou mudar de cargo o militante com erro focado pela mídia de oposição, para a sua proteção e do “partido classe”.
7.             Usar a “mídia da situação” para silenciar as mazelas dos militantes do “partido classe”.
8.         Infiltrar militantes nos outros partidos para obter o seu controle e esvaziar os líderes de oposição, os neutros e os que não são adeptos do “partido classe”. 

II.   No  EXECUTIVO
1.         Criar aparelhos governamentais de coerção.
2.             Distribuir cargos em  órgãos e empresas públicas para militantes do partido-classe e  seus aliados, em todos os níveis da administração (federal, estadual e municipal),  (aparelhar o Estado).
3.             Criar uma estrutura policial que possa ser transformada em Guarda Nacional ou Guarda Pessoal ou em Polícia Política (Polícia Federal,  Força Nacional) para emprego imediato, quando chegar o momento oportuno.
4.             Ampliar o “curral eleitoral” usando o assistencialismo como fim e não como meio, mantendo o benefício por tempo indeterminado.
5.             Manter o “curral eleitoral” através de um sistema de ensino, controlando o baixo nível de aprendizagem e desenvolvimento da inteligência.
6.             Silenciar a imprensa através de emprego da verba pública destinada à propaganda, mantendo a população  sem informação correta.
7.             Neutralizar políticos de oposição e aliados através de distribuição de dinheiro, cargo público ou qualquer outro tipo de benefício pessoal ou familiar.
8.             Criar ou fortalecer um organismo sulamericano para diminuir a importância da OEA (EUA).
9.             Participar de um bloco  sulamericano  de  repúblicas  socialistas  democráticas.
10.         Facilitar a penetração cultural e a projeção dos intelectuais orgânicos.
11.         Denegrir heróis nacionais.
12.         Enaltecer militantes da ideologia marxista.
13.         Desmerecer fatos e vultos marcantes da História Nacional.
14.         Impedir a tomada da Consciência Nacional.
15.         Entorpecer a Vontade Nacional.
16.         Eliminar valores do processo histórico-cultural nacional.
17.         Mudar usos e costumes.
18.         Enfraquecer o moral nacional.
19.         Mudar  traços  da identidade nacional.
20.         Mudar valores e princípios ético-morais.
21.         Enfraquecer a família.
22.         Enfraquecer a coesão-nacional.
23.         Lançar a discórdia no seio da população.
24.         Desviar o foco dos debates em torno de questões relevantes em áreas estratégicas (saúde, educação, segurança, defesa, etc), isentando o Governo de responsabilidade pelas deficiências e vulnerabilidades.
25.         Estabelecer um poder paralelo ao do Estado (Conselho de Política Externa, Comissão de Direitos Humanos, etc).
26.         Alimentar as ONGs com o dinheiro público e estimular outras para atuarem na sociedade civil, apoiando direta ou indiretamente a luta pela sua hegemonia.

III.    No  LEGISLATIVO
1.             Eleger militantes do Partido-Classe.
2.             Unir  temporariamente os partidos de mesma ideologia.
3.             Fazer alianças com partidos de ideologia oposta.
4.             Desmoralizar o Legislativo,  mantendo privilégios,  barganhas e a falta de espírito público.
5.             Criar leis para dar o respaldo  às mudanças de usos, costumes e valores da nacionalidade brasileira.
6.             Obter o controle do Legislativo para conquistar o domínio da sociedade política ( Estado), através do Partido-Classe.
7.             Enfraquecer o Legislativo como fiscal do Executivo.
8.         Submeter o Estado ao controle do Partido-Classe.

IV.    No  JUDICIÁRIO
1.             Retardar ou impedir a modernização da estrutura do judiciário.
2.             Retardar ou impedir o aperfeiçoamento do funcionamento do judiciário.
3.             Estimular o corporativismo extremado na magistratura.
4.             Manter o magistrado afastado do povo e das suas necessidades.
5.             Difundir na sociedade civil as ideias de parcialidade, ineficiência e improbidade do judiciário.
6.             Desacreditar o judiciário perante as classes subalternas, explorando a lentidão funcional e a corrupção e privilégios dos magistrados  como funcionários públicos .
7.             Aparelhar o judiciário com material humano de interesse.

V.    Nas  ESCOLAS
1.             Usar as universidades como refúgio ideológico.
2.             Buscar a hegemonia nos meios intelectuais.
3.             Construir nova massa de manobra, usando as universidades, a mídia e as editoras.
4.             Criar a geração revolucionária nas escolas do ensino médio.
5.             Usar professores da nova massa de manobra no ensino básico (fundamental e médio).
6.             Fortalecer o controle do sistema de ensino que não ensina a pensar, através do MEC.
7.             Apagar a memória do povo reescrevendo a história do Brasil para fatos e vultos nacionais relevantes.
8.             Mudar valores e princípios ético-morais (professores homossexuais no ensino médio e fundamental, alterando a estrutura familiar).
9.             Enfraquecer a vontade nacional.
10.         Transformar a consciência nacional em consciência do partido político.
11.         Controlar escolas e universidades particulares através de sindicatos e com uma reforma universitária.   

VI.    Nas  FORÇAS ARMADAS
1.             Enfraquecer a união dos militares, afastando os militares da ativa dos militares inativos.
2.             Enfraquecer o “espírito de corpo”, separando os oficiais generais da tropa.
3.             Introduzir, a curto prazo, o uso de drogas entre os militares.
4.             Disseminar, a médio prazo, o homossexualismo entre os militares.
5.             Preparar, a longo prazo, as gerações de chefes militares que servirão ao governo, e não à pátria, modificando a grade curricular das escolas de formação.
6.             Enfraquecer a credibilidade e a confiança da população nas forças armadas.
7.             Desestimular profissionalmente os militares que servem à pátria e não ao governo.
8.             Criar o ambiente em que os oficiais terão apenas a visão da expressão militar e não de todo o poder nacional.
9.             Enfraquecer o “espírito combativo”, de fundamental importância no confronto bélico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
            O pensamento de Gramsci está sendo aplicado de forma dissimulada e protegida pelas franquias da democracia, tornando difícil a sua identificação.
            Conhecendo o  pensamento de Gramsci, as técnicas para a sua aplicação e com uma análise paciente e detalhada da conjuntura nacional, chega a ser surpreendente a infiltração do marxismo-gramscismo na sociedade brasileira.
            Encontrando Gramsci, a decisão sobre o quê e como fazer é do descobridor.  (???)
            Já é hora de deixarem de lutar por ideologias importadas, inadequadas às características do brasileiro, que atendem a interesses estrangeiros ao dificultarem o progresso do nosso país.