terça-feira, 1 de abril de 2014

VIVER NA LUZ

O último domingo, que foi o quarto da quaresma, foi o domingo da alegria, O roxo deu vez ao rosa, vocês repararam? na liturgia, nas toalhas do altar e até nas cores dos paramentos que os celebrantes usaram.

Representa uma pausa no tempo em que os sentimentos não de tristeza, mas de contrição e penitência são a tônica de todos os ritos, das leituras e das orações.

As leituras nos propuseram ou nos trouxeram o tema da “luz”, definindo a experiência cristã, como um “viver na luz”. É por isto que no evangelho, Jesus apresentou-se como “a luz do mundo”, luz que resplandece e ilumina as trevas sejam de que tipo for. Sua missão é libertar os homens das trevas do egoísmo, do orgulho e da autossuficiência, sentimentos que causam tanto transtorno em suas – nossas - vidas, ou falando de forma bem popular se constitui em “dar com os burros nágua”, ou ainda “quebrar a cara”. E sem necessidade, porque a luz está ai. Continua sendo verdade que não se acende uma vela, para colocar debaixo da cama, mas para iluminar a todos que estão na casa. Não por outro motivo a lâmpadas das nossas casas estão no forro ou no teto, enfim, no alto.

Aderir à proposta de Jesus é enveredar por um caminho de liberdade e de realização que conduz à vida plena. Assim, da ação de Jesus nasce o Homem Novo, isto é, o Homem elevado às suas máximas potencialidades, à plenitude do seu ser,  pela comunicação do Espírito de Jesus.

A primeira leitura não se referia diretamente ao tema da “luz” (o tema central na liturgia deste domingo). No entanto, conta a escolha de David para rei de Israel e a sua unção: é um ótimo pretexto para refletirmos sobre a unção que recebemos no dia do nosso Batismo e que nos constituiu testemunhas da “luz” de Deus no mundo.     



Na segunda leitura, Paulo propõe aos cristãos de Éfeso que recusem viver à margem de Deus (“trevas”) e que escolham a “luz”. Em concreto, Paulo explica que viver na “luz” é praticar as obras de Deus (a bondade, a justiça e a verdade). Tal qual o tema da CF nos lembra: Foi para a liberdade que Cristo nos resgatou.