domingo, 6 de abril de 2014

AOS PÉS DA CRUZ

A atitude de Maria de pé aos pés da cruz é uma fonte inesgotável de reflexões que nos servem para viver melhor. Nestes dias, na mesma cena, temos encontrado vários aspectos que nos têm ajudado a reflexão destes cinco minutos que passamos com ela.

 “É a cena clássica do Calvário, descrita por João, comentada pelos santos Padres da Igreja, que a iconografia (os desenhistas e pintores representaram) ilustrou com as mais variadas formas e estilos e que o poeta canta dizendo: "Sim, no Calvário, ó Mãe, tu choraste, / ao pé da cruz, traspassada de dor: / como pudeste sofrer tanto / assim sem sucumbir, nem fugir, nem gritar?"

E é deveras importante, “Colocar-se com Maria aos pés da cruz” sendo quiçá desconcertante, pensar como é que uma mãe, amantíssima qual foi Maria, foi capaz de aguentar tanta dor, sem se escabelar, sem fazer seu pranto ecoar na amplidão do calvário? Até porque,  ele mesmo lamentou-se: “meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste”? Ele mesmo tocado pela dor dilacerante, ao morrer emitiu um grande grito?

A Ele assistia o direito de comportar-se como homem, portanto ter reações humanas, quanto a ela, cumpriu olhar além das aparências e assim nos ensinar que não podemos olhar com olhos humanos os momentos de Deus na nossa vida, quando se cumprem aqueles acontecimentos que nos magoam tanto, como é o caso da morte de alguém que amamos, por exemplo (meu).

Hoje, estar aos pés da cruz é estar ante as infinitas cruzes que afligem homens e mulheres do nosso tempo é missão prioritária do cristão. "Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; fui peregrino e me acolhestes; estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, preso e me fostes ver...". Fome, sede, falta de moradia, de assistência médica e de educação, são cruzes que afligem a humanidade de hoje. Que fazer?


Maria, a mãe da misericórdia e da compaixão, nos dá o exemplo. Podemos também suplicar a Jesus como ela fez em Caná, por exemplo e antecipando tempo, quem sabe?