sábado, 20 de setembro de 2014

SÓ ACONTECE O QUE PROMOVEMOS


Enquanto almoçava na casa de amigos, conversávamos sobre muitas coisas, desde a família, amigos em comum, nossas vidas e claro, política...

No contexto da conversa, ilustrando o assunto de determinado momento, ele que é médico, citou pacientes que chegam ao seu consultório e dizendo que consultaram o “google”, vão passando para ele, todos os possíveis diagnósticos ou aspectos do incômodo do qual possam estar acometidos, pelo que, muitas vezes, embora constrangido, deve lembrar àquela pessoa que: se procurou o médico é a ele que compete diagnosticar o que tem.

A internet, com o seu google são coisas, sim não passam de coisas, das quais muita e muita gente mesmo, não prescinde mais. Para elucidar dúvida, basta digitar a palavra chave e surge um mundo de informações.

Daí fiquei pensando: já que são tão úteis, por que não nos valermos delas nesse momento tão importante das nossas vidas, qual é, a proximidade das eleições que traz a grande possibilidade de entregarmos o poder ou de nos fazermos representar por quem tenha menos rastros indesejáveis, seja menos interesseiro, pense mais no outro do que em si mesmo. Pior, não queira o poder como forma de se sobrepor.

Em geral, a escolha de um candidato não passa por nenhuma avaliação sobre seu mérito efetivo, sobre sua capacidade de exercer o mandato pretendido. Simplesmente, a gente “vai com a cara” do tal, reconhece alguma boa ação sua e dai, deixe o mundo falar o que quiser, não se muda a escolha.

Temos que admitir que somos um povo de poucos conhecimentos. Pouca gente ainda tem gosto pela leitura, se informa, procura estar a par dos acontecimentos, reflete sobre eles e com sabedoria, tira conclusões.

A escolha de um candidato seja para qual for o cargo deve ser objeto de uma boa reflexão; É preciso deixar de lado todos e quaisquer preconceitos, mergulhar o quanto mais profundamente possível na sua vida e compará-lo com seus concorrentes, escolher quem se afigurar, se não como o melhor, que seja o menos pior.

Neste sentido e aqui está porque citei inicialmente o instrumento de busca google, na internet: coloque o nome de cada um e veja os resultados que encontra. Não se tenha a ingenuidade de dizer que se trata de intriga da oposição, que é armação ou encontrar outra escusa qualquer para não admitir o que se lê, o que se acabou por concluir.

“Onde há fumaça, há fogo”. Esse princípio de sabedoria popular é indiscutível. O que chega ao conhecimento público muitas vezes, por mais intenso que pareça, não contém a verdade total sobre o crime ou improbidade administrativa praticada.

Já não é fora de tempo a necessidade de acabar com tanta corrupção; urge nos erguermos do comodismo ou resignação condescendente, do achar que não tem mais jeito. A solução só virá se nos insurgirmos e não votarmos na dúvida. Deve valer a pena.

Pesquisemos o passado – quiçá não tão distante – de quem pretende receber o nosso voto e respondamos com toda intensidade do nosso mais profundo amor, pela nossa Pátria, pela nossa gente, pelos nossos direitos e todos os direitos humanos de todos.


Mudanças  só acontecem se nós as promovermos. 

Marlusse Pestana Daher
Vitória, 19 de setembro de 2014