terça-feira, 23 de setembro de 2014

CANDIDATÔMETRO


Eleitores conscientes ante o dilema em quem votar? No menos pior, mas quem é o menos pior? Discurso pelo avesso não se pergunta: qual é o melhor? Outro diz: "vou votar em Fulano, ele fez uma boa administração".
A este ponto chega-se onde se quer chegar. Em que consiste uma boa administração? Só pode ser a que muda paradigmas. Uma administração que não se faça de aparências, mas que tenha descido ao mais profundo das necessidades dos cidadãos e tenha envidado o melhor esforço no sentido de dar a eles condição de vida melhor da que tinha antes, representada antes de tudo, por notáveis melhoramentos na educação.

Educação inclusiva, onde a escola seja todos os dias frequentada por todos os seus alunos, onde não se ensine apenas as disciplinas do currículo comum, as tais matérias: língua, ciências, inclusive religião e civismo, mas que desperte as aptidões que serão desperdiçadas, se cada um não for posto no seu pedestal para recebimento dos aplausos que bem merece. É imprescindível que o corpo docente seja visto motivado, bem vestido, alegre, recompensado pelos esforços que despende para construir a Nação.     

Entra e sai ano, revezam-se os administradores, os partidos, mas o descaso com a questão continua, muitas vezes, credenciado pelas poucas letras de expressibilíssima parcela dos que galgam o cargo público e, com ele, o poder; que se veem tendo chegado lá, sem jamais terem aprendido o essencial, portanto prescindem de dar valor ao que importa.   

Ao invés, ouviu "serem gabados" aqueles que constroem praças, asfaltam ruas, pintam postes, reformam algum prédio ou outro, fachadas e mais fachadas e o povo ainda que alforriado da ditadura dos coronéis se encanta com as cores e sentencia: temos um ótimo prefeito.

Como se vê, não é tão difícil quanto parece escolher o menos ruim (ou melhor), meça-se sua capacidade de derrubar barreiras, a primeira constituída de seu ego, optar pela dignidade da pessoa e crer que em suas mãos está o poder que é apenas para ser exercido como mandatário, jamais sobrepondo-se aos verdadeiros detentores dele, o povo.       

Nota: este artigo foi escrito antes da divulgação de que o Estado ganhou mais uma medalha que ninguém quer, a dos piores índices em educação.
(Escrito em 18/08/2012)
Marlusse Pestana Daher