quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

EU VI MESMO O ANJO?


Tenho pensado muito nos momentos que Nossa Senhora terá vivido, quando o Anjo Gabriel saiu de sua casa, levando o consentimento que deu para que Jesus se fizesse homem.

Afinal de contas, Maria era uma mulher da mesma natureza das demais e plenamente humana. É possível que tenha provado momentos de dúvida, mesmo que dimuísse sua fé.

Poderá ter perguntado: será que eu vi mesmo o Anjo? Falei com ele? Estou grávida do Filho de Deus? E ficou em silêncio, mesmo ante a perspectiva de deixar José confuso ou sem entender o que estava acontecendo.

Lembra que o anjo também lhe dissera que sua prima Isabel esperava um filho, apesar de sua idade avançada, porque “para Deus nada é impossível”. E, “naqueles dias, Maria foi às pressas às montanhas da Judeia”. A particular condição de Isabel propiciaria que, como ninguém, poderia entendê-la.

Essa certeza animou–a ir-lhe ao encontro, e qual não é sua surpresa ao constatar que sem nada dizer, a prima de tudo sabia, quando a saúda: “que sorte, não é que o menino acaba de exultar de alegria no meu ventre, bem aventurada és tu, porque acreditaste nas coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas”! Foi quando Maria respondeu com o Magnificat.

É possível imaginá-las, abraçadas, ingressando casa adentro, o servir de alguma coisa para quem depois de caminhada, certamente carece, o comunicarem as maravilhas operadas por Deus em suas vidas. Isabel terá dito o porquê da mudez do esposo Zacarias.

Nos dias seguintes, outras comunicações entre elas guardavam o mesmo tom de quem espera um filho, nos seus casos em particular, sobre a particular missão que a ambos estavam destinadas.

Guardadas as devidas proporções, reconheçamos que também nós temos muito a agradecer.


Aprendamos com Maria e tenhamos sempre entre os lábios um canto de louvor ao Deus que porque tanto nos ama,  nos criou.