terça-feira, 20 de dezembro de 2016

CRUELDADE SEM SAÍDA

                                                    Kaliane  Alves, concorrente                                                                   do Concurso Literário ELZA CUNHA


Oh, triste e não humilde mundo,
Oh, cruel e devastador és.
Atinge-nos a cabeça e derruba-nos os pés,
Detona-nos e ataca profundo.


Revira os neurônios e nos leva a vida,
Violenta-nos, nos bate e nos esquece.
Com tanta doença, nosso corpo apodrece,
Com tanta violência que não é detida.


Fora eu um pedinte de esmola,
Que dentre um milhão, todo mundo esnoba,
Queria tanto ascender na vida.


Hoje sou eu um escravo da violência,
Não mereço, mas sofro as penitências,
Quero sair dessas ruas sem saída.