quarta-feira, 31 de maio de 2017

MÃE CONSOLADORA DOS EXCLUÍDOS

O mês de maio, das noivas, das mãe de Maria chega hoje a seu termo e a liturgia enfoca a visita de Nossa Senhora logo em seguida ter recebido a comunicação de que se tornaria mãe do Filho Deus. 
Nossa Senhora Consoladora

Uso esta reflexão que não é específica mas nos fala dos cuidados de Maria com seus filhos, refiro-me ao episódio das Bodas de Caná, onde ficou evidente que Maria é mãe consoladora, sempre atenta às necessidades dos seus filhos, especialmente aqueles menos favorecidos.

Alguns mestres espirituais, como o Beato Alonso, acreditam que os noivos de Caná eram pobres e que o povoado era bem pequeno. Ao faltar vinho seria muito difícil encontrar encima da hora para remediar aquela situação.     

Tudo isso Maria tinha presente, Ela estava atenta às necessidades dos seus filhos. Ela não quer que falte o vinho da alegria a nenhum de nós. Ela não quer que ninguém fique excluído do vinho novo oferecido por seu Filho. Por isso diz imediatamente a Ele: “Eles não tem mais vinho” (Cf. Jo 2, 1-11) 

Que delicadeza da Mãe! Não faz nenhum alarde que pudesse envergonhar os noivos. Apenas em silêncio e com muita confiança no  Filho lhe confia essa situação. E para quem é filho de Maria sabe que Ela segue atuando assim em nossas vidas, especialmente com aqueles que mais necessitam do seu consolo e proteção

Peçamos hoje a intercessão da Mãe consoladora, especialmente por todos aqueles nossos irmãos excluídos e para que nós também não sejamos indiferentes a eles e não os deixemos à margem.

“Ó Mãe Consoladora dos excluídos, vosso Filho aproximou-se dos que estavam à margem da sociedade: eram pecadores que buscavam o perdão, doentes que esperavam a cura e oprimidos que ansiavam pela libertação. Dá-nos vossa força maternal, e sejam os cristãos os libertadores de todo o mal!”  

terça-feira, 23 de maio de 2017

APLAUDIR E IMITAR



Mesmo quem é cego,  “desde que se entende por gente” ouviu e ouve comentários desastrosos sobre a política brasileira, sobre a corrupção que grassa, sobre o pouco caso que se faz da sorte dos brasileiros, a grande maioria, despossuídos dos bens da terra. 
 
As denúncias do que falta, dos grandes problemas sociais que nos afligem brotam aos nossos olhos, tantas vezes lacrimosos, todos os dias. Todo mundo sabe, mas vou repetir: das filas que se formam nas unidades de saúde, nos pronto atendimento, os padecimentos de todos e de crianças, atendidas em apenas uma cadeira, senão no colo da mãe, sentada no chão. 

Não nos faltam profetas a nos advertirem em nome de Deus, a proclamarem que somos feitos à imagem e semelhança Dele, que devemos reivindicar nossos direitos, que não se pode tolerar o menosprezo pela pessoa e a violação aos direitos humanos. 

Hoje, governa a Igreja Católica, um Papa sensível e atento a todas as formas de sofrimento. Fala alto e em bom som de tudo que deve ser reprovado, sai a campo, fazendo pessoalmente o que aos demais recomenda, é o caso de suas visitas a países em conflito, do seu acolher refugiados, do seu pensar nos pobres de rua das cercanias vaticanas para os quais providenciou, por exemplo, uma lavanderia que lhes permite vestir roupas limpas. Multiplicam-se os bons exemplos de caridade, de grande amor ao próximo, que ele todo dia dá. 

Quantos o estão seguindo com tais gestos? Fala-se bem do Papa Francisco, afirma-se que é diferente dos outros neste aspecto, muitos aplausos lhe são dirigidos, mas continua-se a viver no comodismo de nossas casas, indiferentes ao frio que faz lá fora, com a sorte de tantos e tantos filhos de Deus, nossos irmãos.  

No dia 8 deste mês, provei a sensação do que é ser assaltada, tive sorte porque não me levaram, ordenaram que saísse. No outro dia, fechado, o carro foi encontrado. Tudo que estava dentro foi levado. Inclusive o livreto das revisões periódicas e os demais. Quanto mais da minha bolsa. 

Ainda bem  que tive uma serenidade imensa. É assim, este considerável número de inimigos da lei, amigos do alheio, vingadores ou justiceiros sociais, movidos pelo desprezo que provam por quem não pertence à turma deles, (se bem que não se amam tampouco, (entre si) o carro mostra a marca de um tiro), julgam-se no direito de matar, assaltar, espalhar o terror, encarcerar nas próprias casas as demais pessoas. 

E a solução deste problema é de todos. Cada um deve começar a ser honesto em todo momento, a não se admitir o mínimo deslize, nem prensar em se aproveitar da conta errada para pagar menos pelo que compra ou em momento semelhante. O lápis da repartição não é seu. Aquele rolo de fita crepe que sobrou no dia da eleição não é seu.  Acho que não pararia se continuasse a citar casos deste tipo. A honestidade não concede descontos, nem parcelamento.
Ainda é tempo, vamos começar?

                Marlusse Pestana Daher                                                                         23 de maio de 2017   17:58m

domingo, 14 de maio de 2017

DEUS LHE PAGUE, MÃE

Pelas emoções que provaste,
quando soubeste que me formava gente
em teu ventre. 

Pelas dores que sentiste
no momento em que eu vim à luz,
antecipadamente. 

Pelos  cuidados específicos
que me dispensaste 
nos primeiros tempos de vida,
nos sucessivos
e até, quando eu já era adulta demais. 

Por ter-te ouvido 
cantando canções de teu tempo,
mesmo quando havia 
razões de sobra 
para chorar. 

Por que me acompanhaste
vida a fora,
Pelos cuidados  depois incabíveis
porque eu não carecia deles 
e teu amor de mãe não via.

Pela preocupação se bem me alimentei
Se nada me fazia 
menos alegre ou feliz. 

Pelas vezes em que
tive que deixar o que fazia,
só para atender a um pedido teu. 

Durante 100 anos 
passaste por esta terra
sem resmungos, sem falta de amor, 

Foi testemunhado numerosamente
nos comentários 
inclusive de tantos amigos, 
assim que te foste. 

Por isto e por tudo, Mãe,
Por tudo que também não sei.

E se interrompo esse rosário de lembranças
parando por aqui,
é porque o tempo se torna curto
para lembrar tanto
e não te esquecer jamais.

Na glória eterna,
no ver Deus face a face
o mesmo que viveste respeitando
e amando.
Porque o mereceste,
Deus lhe pague, Mãe! 








quinta-feira, 11 de maio de 2017

DE UMA FALTA DE AMOR

 Eu sempre gostei de cantar uma canção que diz assim: “Todo mal que hoje existe, veio de uma história triste, de uma negra ingratidão, de uma falta de amor”.[1] Eis a explicação ou razão do fato de Jesus ter-nos ensinado que o amor é a maior das leis. Foi o que levou, por exemplo, S. Agostinho a afirmar “ama e faze o que quiseres”!

Claro, somos produto daquilo que as nossas ações nos tornam. Se pensamos sempre em bem, o bem se torna constante em nossas vida, tudo que semeamos, colhemos.

Não amar é deixar os outros e o ambiente carentes de algo que lhes é indispensável e que somos nós que lhes devemos proporcionar. E volto a citar S. Teresa de Calcutá que afirmou em solenidade das tantas que participou como homenageada: “durante todos esses anos em que convivo com os mais pobres, tenho entendido sempre mais que o pior dos males, não é a lepra, não é a tuberculose, mas é a sensação de não ser querido, de não ser amado”. É muito sério. 

Se podemos amar, por que não amamos? Se podemos fazer o bem, por que não fazemos? enfim é uma grande bobagem preferir o contrário, como se ficássemos blindados ou não fôssemos atingidos também, o efeito é de bumerangue.

Deus nos ama, Deus só sabe amar, Deus nos quer felizes no seu amor.
Negra ingratidão diz o canto. Ingratidão – in grato,  não agradecido. Que coisa feia! 
O louvor de Deus deve-se constituir nisto, render-Lhe graças por todos os benefícios que todos os dias recebemos de suas mãos liberais, traduzido no serviço que as mais diversas circunstâncias da vida nos apresentam.

Não esperemos que o outro comece a amar, tomemos a iniciativa de amar primeiro. Certamente, quem ama tem paz, é alegre, é feliz, até porque “é sempre mais feliz quem mais amou”. (Giulio Iglesias). 

Programa “5 Minutos com Maria”




[1] Ouça a núsica: https://www.youtube.com/watch?v=ZlzvuC2HKpg

quinta-feira, 4 de maio de 2017

POESIA DE EDITE ANGELI


NA ROÇA

Uma casinha antiga,


Com seu telhado de zinco,

As varandas com gradezinha
As janelas eram de trinco.

A escadinha de madeira.


Para se chegar à sala

Ao seu lado,na sacada 
Uma linda trepadeira

Quantos sonhos ,


nesta escada projetei!

Quantas fotos. ao lado da trepadeira
Ah! Vou ficar tão bonita e tao faceira!

Na sala um banquinho,


A cristaleira,

Um radiozinho de pilha,que tocava
Uma máquina de costura la no canto,
O encanto do lar para vida inteira...

Na cozinha,fogão de lenha ,


Chaminé fumaçando para o ceu,

A polenta tostantado lá na chapa,
Ao seu lado o bulezinho de café.

A bica d'água rolava sonora 


Vinha da casca do palmito

Tudo tão real!
Tudo tão bonito!

À noite ascendia-se a candeia,


O estampido da porta a se fechar

Lado fora os vaga-lumes
Qual amantes,indiferentes a noite de luar.

Um cheiro da laranjeira em flor,


Atravessava as fendas das janelas

Que saudades de um passa ja distante
Importantes voos de quimeras...

Edite Angeli