D o p r i n c í p i o...
Gentileza coisa boa
que pouca gente entende,
mas que tolice, ó gente,
ser gentil de pouco depende.
Pedi ao vento que parasse,
ele me respondeu não
posso,
mas um instantinho
só.
Não me respondeu
mais nada.
O que passava já não
era
aquele que me ouviu.
Perguntei ao céu:
onde está o silêncio?
E se fez bis...
Ainda mais intrigada repito:
céus, céus, onde estão?
De novo o silêncio fez bis.
Em
corrida vertiginosa parti,
mais
que pude corri.
Rocha
me detém e me pergunta:
-
onde pensa que pode chegar?
O
peito dolorido aumenta ainda mais
a
ânsia e tudo se apagou,
em
mim, tudo silenciou.
Não
sei por quanto tempo,
quando
acordo me apercebo em supina.
Placidez
imensa me envolve.
O
céu pelo qual clamei,
paira
o mais azul possível sobre mim,
aconchego-me
à relva sobre a qual tombei
sonho
os mais belos sonhos,
canto
os mais plangentes cantos,
sem
dormir, passou-se muito tempo,
até
que acordei.