Não é justo desprezar a
dor ou o sofrimento pelos quais uma pessoa possa estar passando A assimilação
de tal sentimentos não é nada simples e cada um reage a seu modo.
Em 2008, Deus levou uma
minha irmã, sete meses depois, outra. Foi dor em cima de dor e confesso, sofri
muito. Era horrível ouvir pessoas usando de argumentos com fim de me ajudar. Eu
não queria ser consolada.
Admitamos, contudo que
devem ser buscadas formas e razões para sair de tal situação. Ilustremos: Certa
feita, um mestre propôs aos seus discípulos, carregarem por toda parte onde
fossem, um saco de batatas o mais cheio possível.
Depois de uns dias,
avaliou com eles o resultado e concluíram que todos viveram em função das
batatas, preocupados em não esquecê-las em algum lugar e até do quanto acabou
se tornando insuportável carregá-las, visto que apodreceram e fediam demais.
Principalmente,
concluíram que o fato de terem tanta atenção concentrada nas batatas, fez com
que tivessem perdido de ver tantas coisas mais bonitas e interessantes e de
gozar de outros momentos mais agradáveis.
É o caso das pessoas
que passam por dificuldades ou perdas. Transformam suas vidas em verdadeiro
suplício, só pensam no sofrimento, ficam no “fundo do poço”, acham que tudo
acabou. Tendem a não falar de outra
coisa, enfim, perdem tudo que há de bom a sua volta e que já não sabe admirar.
Já foi dito, nós apenas
repetimos: com certeza a dor delas não é a maior. Existem milhares de outras
pessoas em situação bem pior ou de muito mais sofrimento. Desemprego, pobreza,
doença incurável, que carregam vida a fora, causas sem perspectiva de solução.
Importa não fazer da
nossa vida, uma vida esfarrapada. Por pior que seja a provação, “não há bem que
sempre dure, nem há mal que sempre ature”. Temos Deus como Pai.
Quem é filho,
herdeiro é.
5 MINUTOS COM MARIA