A
atitude de Maria de pé aos pés da cruz é uma fonte inesgotável de reflexões que
nos servem para viver melhor. Nestes dias, na mesma cena, temos encontrado
vários aspectos que nos têm ajudado a reflexão destes cinco minutos que
passamos com ela.
“É a cena clássica do Calvário, descrita por
João, comentada pelos santos Padres da Igreja, que a iconografia (os
desenhistas e pintores representaram) ilustrou com as mais variadas formas e
estilos e que o poeta canta dizendo: "Sim, no Calvário, ó Mãe, tu
choraste, / ao pé da cruz, traspassada de dor: / como pudeste sofrer tanto / assim
sem sucumbir, nem fugir, nem gritar?"
E
é deveras importante, “Colocar-se com Maria aos pés da cruz” sendo quiçá
desconcertante, pensar como é que uma mãe, amantíssima qual foi Maria, foi
capaz de aguentar tanta dor, sem se escabelar, sem fazer seu pranto ecoar na
amplidão do calvário? Até porque, ele
mesmo lamentou-se: “meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste”? Ele mesmo
tocado pela dor dilacerante, ao morrer emitiu um grande grito?
A
Ele assistia o direito de comportar-se como homem, portanto ter reações
humanas, quanto a ela, cumpriu olhar além das aparências e assim nos ensinar
que não podemos olhar com olhos humanos os momentos de Deus na nossa vida,
quando se cumprem aqueles acontecimentos que nos magoam tanto, como é o caso da
morte de alguém que amamos, por exemplo (meu).
Hoje,
estar aos pés da cruz é estar ante as infinitas cruzes que afligem homens e
mulheres do nosso tempo é missão prioritária do cristão. "Tive fome e me
destes de comer; tive sede e me destes de beber; fui peregrino e me acolhestes;
estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, preso e me fostes
ver...". Fome, sede, falta de moradia, de assistência médica e de
educação, são cruzes que afligem a humanidade de hoje. Que fazer?
Maria,
a mãe da misericórdia e da compaixão, nos dá o exemplo. Podemos também suplicar
a Jesus como ela fez em Caná, por exemplo e antecipando tempo, quem sabe?