terça-feira, 16 de agosto de 2016

CENAS DA FAZENDA

Início de minha vida literária e correspondência com intelectuais.

Imãos e Mamãe Dona



Noite, poesia, ebúrnea claridade,

queda o ser embevecido ao luar.

Analiso enleada a sublimidade

da natureza muda a desfilar.



Ameno cenário de soledade,

bois na relva tranquilos a pastar,

habitações brancas em paridade

em pratarias se tornam ao luar.



Longe, fica o rio, depois da cachoeira

em desenfreado amor, a murmurar

canções, unificam-se em alva esteira.



Apaixonada, ponho-me a cismar.

Fugir não se pode, por mais se queira

à apoteose onírica do Luar.





" Fazenda Cachoeiro do Cravo", fundada por meus ancestrais, que passou de Pais para filhos, até minha geração, bisneta que sou do seu fundador Antônio Rodrigues da Cunha, Barão dos Aimorés.

Como uma de suas herdeiras, para não discordar da maioria dos meus irmãos concordei sensibilizada até às lágrimas, com a venda da mesma, a José Maria Fontana).




Mais um maravilhoso soneto da nossa homenageada de onde se desprende por inteiro a alma poeta.