quinta-feira, 6 de outubro de 2016

DIA NACIONAL DA CIDADANIA


Fui satisfazer minha curiosidade e olhei na agenda “dia de quê é hoje”?  Entre outros, achei interessante que 05 de outubro é o “Dia Nacional da Cidadania”.

Curioso! o que será que moveu aqueles que quiseram enfatizar ou quiseram um dia para cidadania, que de resto passou em brancas nuvens. Pelo que observei, só pessoa como eu ou que quis fazer o que fiz tiveram presente a comemoração. Comemoração? Mas não houve comemoração. Nem as redes sociais que falam de tudo e de todos a mencionaram.

Mas imagino que a intenção tenha sido fazer lembrar às pessoas sua condição de cidadãs, homens e mulheres que moram na cidade.

Você sabe o que é uma cidade, claro! Um espaço, um território, onde moram pessoas, as quais em nome da boa convivência, são sujeitos de direito e de tantas outras obrigações ou deveres, de cuja fiel observância depende a paz.

Cidadania é o conjunto desses direitos e deveres que cada um deve cumprir e outro conjunto de deveres a observar.

Por mais simplórios que sejam cidadãos e cidadãs, todos são dotados de discernimento suficiente para distinguir o certo do errado. Na hora que deve praticar qualquer gesto ou ato, ou proferir palavra, uma espécie de sino toca na sua consciência. Acordes melódicos se de aprovação; insistentes, menos espaçados, irritantes até, se de reprovação. De modo que, seguindo o sino, não há chance de errar.

O cidadão respeita as regras da boa convivência na comunidade da qual faz parte. Ele é livre de uma liberdade que, no entanto acaba onde a do outro começa. Quem pensa que pode tudo, está redondamente  enganado.

Pagar impostos, taxas de luz, água, telefone, entrar com respeito e corretamente vestido em estabelecimentos diversos de acordo com o respectivo fim, estar na rua que é pública, não individual tem suas convenções e até lei e não se pode exatamente fazer tudo o que se quiser, “ou que na telha der.”

Neste dia da cidadania, vamos lembrar de tudo isto, tem a ver com a Oração de São Francisco que comentamos.

Tomara que mais do que de democracia, falemos de cidadania. Aquela sem esta, no mínimo é só fraqueza, ao passo que quem se sente cidadão não foge a luta, facilita a vida dos outros, cumpre exatamente a sua parte no que lhe é atribuído.

E não precisaremos de um dia, porque na verdade dia de cidadania é todo dia.


Marlusse Pestana Daher

Vitória, outubro de 2016